domingo, 16 de novembro de 2008

Feira Internacional de Fanzines - Cacilhas

Ontem pela primeira vez fui espreitar a Feira Internacional de Fanzines em Cacilhas. A hora não terá sido eventualmente a mais proprícia, ao fim da tarde, junto à hora de jantar: o local estava quase às moscas. No entanto, a mostra de fanzines era interessante, apesar de a sua exposição poder estar melhor organizada: todos os fanzines se encontravam lado a lado no mesmo expositor de dupla face sem se evidenciar facilmente o critério de organização existente... ou se era sequer existente.

A vista do sítio é lindíssima e a mostra apesar de pequena estava decorada de modo acolhedor. A sala usada, que vazia deve ser muito pouco convidativa, tinha um aspecto confortável tendo mesmo uma secção de puffes onde se podiam ler os fanzines expostos.


Na secção de venda encontrei um pequeno tesouro que me fez descobrir uma editora excelente, cujo logótipo vai mudando de publicação para publicação formando uma pequena história sequencial que começa com o famoso transatlântico titânico.


Podem visitar o site da editora neste endereço: http://www.atlanticpressbooks.com/ e descobrir as fantásticas publicações sobre a sua chancela. Fica aqui uma citação da filosofia pela qual ela é regida:

Atlantic Press is dedicated to the principle of producing first authorial book publications for author/illustrators. This involves giving the creator editorial freedom with the press providing the background support, guidance and production. We want to encourage the publication of personally authored and illustrated books, uncommon in the commercial mainstream.

O fanzine que desta editora que me chamou a atenção é um pequeno livrinho chamado The Garden Sketchbook. De autoria partilhada entre uma artista e ilustradora finlandesa, Anna-Kaisa Laine e a sua companheira de casa Emma Wills, este é um relato ilustrado do tempo em que partilharam uma casa em Cornwall, Inglaterra e sonharam construir um delicioso jardim de vegetais e flores biológico no quintal das traseiras.


Uma edição cuidada, a preto e branco e obviamente muito verde, cheia de ilustrações, conselhos, sonhos, frustações e sucessos de quem persegue um objectivo primaveril sonhado no meio do Inverno.

Depois de o ler ficou-me a vontade de enveredar por semelhante percurso e construir um jardim também, não uma horta no quintal que não tenho, mas uma estufa na marquise, junto com os cactos que já lá abundam. E também isso as autores previram: cada exemplar vem acompanhado por um saquinho de sementes.


Tomara que chegue a Primavera depressa!

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