sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Rescaldo do FIBDA 2008 - parte I






















Acabou no fim de semana passado mais um Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. O 17º na totalidade da existência do mesmo e o meu 11º consecutivo.

Sei que ainda há muitos saudosos da Fábrica da Cultura mas este é o meu local preferido dos quatro onde o festival já decorreu. Pode não ser bem, bem, exactamente na Amadora mas é um local acessível e com infraestruturas e espaço adequados.

Este ano gostei bastante da cenografia do festival em si. Bastante criativa, visualmente atractiva sem ser cansativa. E este ano até se lembraram de colocar algumas indicações logo desde o primeiro fim de semana. Só a zona dos autógrafos é que pecava por falta grave de funcionalidade.

A solução encontrada no ano passado em relação à disposição geral das várias áreas foi mantida. Esta disposição, de exposição central, palco, concurso de bd no piso de cima e zona comercial, autógrafos e outras exposições no de baixo parece-me boa e bastante funcional. E este ano acho que finalmente conseguiram criar uma boa transição entre os dois pisos: o percurso pelas exposições do piso de cima acaba por encaminhar os visitantes naturalmente para as escadas; enquanto no primeiro ano a maior parte das pessoas nem reparava no piso de baixo e no ano passado eram encaminhadas rapidamente demais para o piso debaixo, estando a expo central quase escondida.

As exposições em geral eram interessantes e a cenografia das exposições do primeiro piso estavam excelentes. Algumas no entanto poderiam ter sido melhor exploradas, como o caso da do Tex e da ficção-científica chinesa ou do Liberatore, que não passaram de um ajuntamento de meia dúzia de pranchas sem grande enquandramente histórico ou alguma explicação. As mais interessantes, em termos de contributo para a cultura e conhecimentos dos visitantes sobre a banda desenhada pareceram-me a de Oesterheld (que se atrasou devido a uma retenção na fronteira) e a de Luís Henriques. A de João Abel Manta devia ganhar o prémio da exposição mais deslocada, encontrando-se no fim de tudo, rodeada pela Star Wars por ambos os lados... E por falar nela, a exposição de Star Wars foi a que mais me desiludio: algumas imagens e merchandising, a maioria expostos em buracos altos demais para poderem ser vistos também pelas crianças.

Uma exposição que tive pena de não existir foi a da habitual secção para maiores de 18. A ficção científica é uma área que poderia justificar uma exposição de banda desenhada erótica interessante. aliás a parte da exposição do ano passado dedicada à Druuna faria mais sentido este ano. mas aparentemente a organização aposta que no futuro o caminho passa pela reprodução assexuada...

Por fim, logisticamente falando, continuo sem perceber porque razão o multibanco fica no primeiro piso, se a zona comercial fica no piso -1. E ainda por cima fica escondido à porta das casas de banho.

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