Nos últimos meses nenhum filme teve tanto impacto na minha memória quanto Confessions (Kokuhaku) de Tetsuya Nakashima, um filme japonês de 2010.
Confessions é um conto intenso e perverso que segue a vingança de uma mãe, professora de ciclo, cuja filha de 3 anos foi encontrada afogada, sobre os alunos responsáveis por essa morte. Filmado a um ritmo lento mas hipnótico e servido por uma fotografia de tons frios que acentuam a desumanização dos personagens, o filme decorre como uma sinfonia bela e fria que de tempos a tempos explode em intensidade e crueldade. A sua beleza visual faz ainda mais sobressair a falta de capacidade de deslumbramento dos alunos perante o mundo. O estilo marcante do realizador, que por alguns seria usado quase como substituto a uma boa história ou que se poderia tornar maçador, funciona aqui perfeitamente como um assalto aos nossos sentidos, vincando a perversão e alienação que permeia não só a atitude da juventude representada no enredo como também a dos pais e professores.
Um filme intenso, com boas actuações , com um estilo invulgar e uma bela banda sonora. Um grande filme.
Já vi o filme à algum tempo. Muito bom.
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