Um drama de Jacques Audiard com Marion Cottilard no papel de uma treinadora de orcas que se vê amputada de ambas as pernas e Matthias Schoenaerts no papel de um pai solteiro. Ela de espírito quebrado pelo acidente que a mutilou, ele perdido, sem objectivos e muitas vezes insensível. Uma relação algo atípica mas intensa vai-se desenvolvendo entre eles.
Ambas as personagens são plenas de nuances, os seus protagonistas têm actuações brilhantes e o filme consegue momentos sublimes quando estas duas personagens transcendem as suas limitações físicas e emocionais (a cena do primeiro mergulho, o reencontro com a orca, uma das cenas de sexo, os momentos finais dele ao telefone). No entanto, em parte por causa do acto final, enquanto história de uma relação, Ferrugem e Osso deixou-me a sensação de ter visto dois filmes: um deles sobre a história de uma mulher que precisava de uma relação para reaprender a viver e o outro sobre a história de um homem que precisava de repensar a vida para poder ser parte de uma relação. Ambos os filmes são muito bons mas juntos, não completamente afinados.
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