Duas décadas de mangá no continente europeu deixaram marcas indeléveis na produção e indústria local. Hoje, 40% da indústria de BD no continente tem o dedo dessa estética, que começou a partir da publicação de Akira, de Katsuhiro Otomo, e a partir daí, foi como uma bola de neve, nunca mais parou e foi crescendo. Não foi nem é uma moda, porque modas são coisas passageiras, efémeras: é uma realidade, concreta e sólida, que extrapolou os media em si e tornou-se um movimento cultural que ultrapassou as próprias origens, gerando iniciativas de produção ao redor do mundo – comparativamente, é o rock do traço, influenciando toda uma geração de jovens leitores e artistas. E com tudo isto, o Centre Belge de la Bande Dessinée, em Bruxelas, abriu uma exposição para comemorar as duas décadas de introdução e crescimento dessa estética de origem nipónica que hoje desperta iniciativas, reactiva mercados moribundos – quando não activa mercados inexistentes – e trouxe variedade de géneros para leitores afastados da BD.
O Centre é um dos mais importantes espaços dedicados à BD em território Belga – e falamos de um país onde a BD é levada muito a sério. Será bom lembrar que muitas das grandes obras da BD europeia não são realmente francesas, mas belgas – como o famoso Tintin, de Hergé. A exposição contará com exibição de edições raras, documentos originais, reproduções de objectos e outros marcos da presença “mangática” nestes vinte anos.
O Centre é um dos mais importantes espaços dedicados à BD em território Belga – e falamos de um país onde a BD é levada muito a sério. Será bom lembrar que muitas das grandes obras da BD europeia não são realmente francesas, mas belgas – como o famoso Tintin, de Hergé. A exposição contará com exibição de edições raras, documentos originais, reproduções de objectos e outros marcos da presença “mangática” nestes vinte anos.
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